Nota Pública em Defesa das Cozinhas Solidárias

As cozinhas solidárias e populares representam uma das expressões mais genuínas de solidariedade ativa e compromisso social, desempenhando um papel fundamental no combate à fome e na promoção da dignidade humana. Em um contexto de crescentes desigualdades sociais e econômicas, essas iniciativas emergiram como uma resposta concreta e imediata às necessidades básicas de milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade. 

Neste sentido, defendemos a ampliação e o fortalecimento das cozinhas solidárias como política pública essencial, integrada a um projeto maior de segurança alimentar e inclusão. Esses espaços não apenas garantem alimentação digna, mas também fortalecem vínculos comunitários, promovem a educação alimentar e nutricional, e geram oportunidades de trabalho e renda.  

É uma enorme vitória que esta iniciativa popular tenha sido reconhecida pelo poder público, a partir de programas como o Cozinha Solidária (Governo Federal), Ceará Sem Fome (Governo do Ceará) e Rede Cozinha Escola (Prefeitura de São Paulo), cujo objetivo é oferecer apoio estrutural, financeiro e logístico para consolidação e expansão das cozinhas. Devemos avançar e ampliar o orçamento destes programas. Isso inclui a garantia de recursos para a compra de alimentos, equipamentos e insumos, além do custeio da remuneração às pessoas cozinheiras, que exercem um papel socialmente útil e de valor humanizador. Qualquer proposta que vá na contramão disso é um ataque frontal à classe trabalhadora. 

Além disso, as cozinhas solidárias devem ser integradas a uma rede de proteção social mais ampla, articulada com outras políticas públicas, como agricultura familiar, assistência social, saúde, valorização do salário mínimo e trabalho digno. Dessa forma, é possível garantir que o acesso à alimentação adequada seja um direito universal e inegociável. 

Defender as cozinhas solidárias e populares é defender a vida, a dignidade e a justiça social. É reconhecer que, em um país marcado por profundas desigualdades, a solidariedade ativa, políticas públicas que fortaleçam a participação popular e a ação coletiva são ferramentas imprescindíveis para a construção de uma sociedade que atenda as necessidades de todas as pessoas trabalhadoras. 

Por isso, condenamos os recentes ataques orquestrados pela imprensa e a direita brasileira contra o Programa Cozinha Solidária do governo federal,  e apontamos a necessidade dos movimentos sociais, políticos e comunitários em se unirem em torno da defesa desta política pública que é fruto de uma luta árdua e de um programa político vitorioso nas urnas em 2022. Viva as cozinhas populares e a soberania alimentar!

Levante Popular da Juventude

Movimento Brasil Popular

Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos

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