A escola se destina à formação cultural, técnica e política da juventude e da classe trabalhadora./ Foto: Carol Lima
Queridos amigos e amigas,
Minha Campanha de Quaresma, promovida há mais de 20 anos, é dedicada este ano à Escola Nacional Paulo Freire. Ela vem ao encontro de uma de minhas principais preocupações atuais: a educação política de nosso povo.
A escola opera, desde 2018, na capital paulista, no Alto do Ipiranga, em local cedido por nós, frades dominicanos. Ali funcionavam, no passado, a Unilabor, fábrica de móveis cujos operários integravam a diretoria (iniciativa de frei João Batista dos Santos); o Centro Pastoral Vergueiro; e a Escola Dominicana de Teologia, todas iniciativas de nossa comunidade religiosa. No local, tombado pelo patrimônio histórico, se destacam o jardim projetado por Burle Marx e a Capela do Cristo Operário, que reúne obras de nomes do modernismo brasileiro, como Alfredo Volpi, Yolanda Mohalvi, Geraldo de Barros e Moussia Pinto Alves.
A escola – da qual frei Carlinhos e eu somos assessores (frei João Xerri, já falecido, também assessorou) -, se destina à formação cultural, técnica e política da juventude e da classe trabalhadora em âmbito nacional, bem como desenvolver metodologias de ensino e trabalho de base voltadas para a Educação Popular de forma interdisciplinar. Desde o início das atividades, em 2018, já passaram por seus cursos inúmeros militantes de movimentos sociais e pastorais, sindicatos e partidos políticos.
Além dos cursos e ciclo de debates, ali se realizam mutirões de trabalho solidário com a participação de centenas de pessoas. A escola é sede do Cursinho Popular Pré Enem Ruth Guimarães e do Ateliê Gontran Netto, onde desenvolve oficinas, saraus, eventos e feiras culturais.
A metodologia utiliza as bases da Educação Popular paulofreiriana para promover a organização social e implantar, nas comunidades, equipamentos como cozinhas populares ou centro de atendimento à saúde.
Em parceria com o Movimento Brasil Popular (MBP), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), FioCruz, CNBB e outras entidades, a escola promove atividades de formação de Agentes Populares de Saúde e Alimentação em São Paulo, Paraíba, Minas, Goiás, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
Entre 2020 e 2023 foram construídas 48 cozinhas populares, 12 hortas comunitárias, 3 farmácias vivas e 22 bancos populares de alimentos. Passaram pela formação de Agentes Populares cerca de 1.200 educandos de diversos estados e comunidades. No período de pandemia, foram doadas 20 toneladas de alimentos a 500 famílias.
Com os recursos adquiridos nesta Campanha de Quaresma, a escola promoverá a construção/ampliação de cozinhas populares e fortalecerá a formação de agentes populares de alimentação no município de São Paulo. Os recursos também serão utilizados para a manutenção do espaço físico da escola. Os edifícios, erguidos nas décadas de 1950 e 1960, apresentam, devido ao tempo de construção e ausência de manutenção preventiva, problemas de conservação.
A Escola Nacional Paulo Freire necessita de recursos para adquirir, de imediato, fogões, geladeiras e freezer, panelas, garfos, facas e colheres, armários e outros equipamentos de cozinha. Sua doação, ainda que de R$ 1, poderá se dar através do Número do PIX/CNPJ: 10 920 923 0001 15, em nome do Centro de Estudos Brasil Popular (Cebp). Favor adicionar ao valor o centavo 01 para identificar que a doação é destinada à Campanha de Quaresma. Ex: R$ 10,01.
Contatos (caso queira recibo de sua doação):
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secretaria@escolapaulofreire.org.br
WhatsApp: (11) 9.3342-8230
Instagram: @escola.paulofreire
Garante-se o sigilo e a privacidade de todos os colaboradores. Caso queira ser parceiro e amigo da Escola Nacional Paulo Freire, preencha o formulário abaixo com alguns dados pessoais: https://forms.gle/Qq4uUpzmQGW8qQfD6
Por favor, divulgue esta campanha nas redes digitais e entre seus familiares e amigos. Agradeço a sua solidariedade. Deus lhe pague! Meu abraço com amizade e paz
Frei Betto