O Movimento Brasil Popular e o Levante Popular da Juventude de Minas Gerais se solidarizam com as deputadas estaduais, Beatriz Cerqueira (PT), Andréia de Jesus (PT), Lohanna França (PV) e Bella Gonçalves (PSOL), e com as vereadoras de Belo Horizonte, Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença (PSOL), que têm sido constantemente vitimadas pela violência política de gênero, praticada por representantes da extrema-direita em nosso estado e por seus apoiadores.
Vivemos em um país cuja estrutura social e econômica, além de capitalista e racista, é marcada pelo patriarcado, que tem a violência como um meio de controle da vida e dos destinos das mulheres.
Na última década, o aumento da quantidade de mulheres eleitas para mandatos legislativos veio acompanhado da intensificação da violência política de gênero, que é uma das formas de impedir que elas ocupem e se mantenham nos espaços públicos de poder.
O cenário se agravou ainda mais nos últimos anos, com a ofensiva da extrema-direita brasileira, sob direção do projeto bolsonarista, e a defesa explícita da violência contra as mulheres.
O neofascismo , que foi derrotado nas eleições presidenciais de 2022, mas permanece no seio da sociedade, nas Casas Legislativas e na condução de alguns estados do país, como é o caso de Minas Gerais, é profundamente machista e racista.
Às mulheres parlamentares que defendem os interesses populares, como é o caso das deputadas e vereadoras mineiras, os ataques têm sido ainda mais duros. São ameaças de morte, de agressão, perseguição, violência e um conjunto de represálias por seus posicionamentos políticos, dentro e fora das Casas Legislativas.
A prática da violência política está no centro da estratégia dos nossos inimigos. Eles sabem que, ao atacá-las, se abre mais facilmente o caminho para implementação de sua agenda moral, mas também econômica.
Não é coincidência que as deputadas e vereadoras que têm sofrido reiterados ataques são as mesmas que estão na linha de frente da luta no parlamento contra a implementação do regime de recuperação fiscal em Minas Gerais e em defesa das empresas estatais mineiras, que os ultraliberais querem vender.
Não é coincidência que essas mesmas deputadas sejam porta-vozes de milhares de trabalhadores e do povo mineiro na defesa da educação e da saúde públicas, na luta pelo acesso à moradia, na proteção do meio ambiente e na batalha por mais empregos.
Também não é coincidência que a violência esteja acontecendo debaixo do nariz de Romeu Zema (Novo), estimulada e praticada por deputados e vereadores de sua base aliada, e o governador não faz absolutamente nada.
Por isso, reafirmamos a solidariedade do Movimento Brasil Popular e do Levante Popular da Juventude às companheiras, destacando que a luta contra a violência política de gênero é responsabilidade de todas e todos que defendem um Projeto Popular para o nosso estado e país. Também exigimos que o governo de Minas, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal de Belo Horizonte tomem providências, de forma a garantir a segurança das parlamentares.
A luta do povo é o nosso lugar!
Quando uma mulher avança, o machismo retrocede!