Nota de solidariedade aos trabalhadores da Cemig, ao Sindieletro-MG e à CUT Minas frente às práticas antissindicais da gestão de Romeu Zema

Foto: Rurian Valentino

O Movimento Brasil Popular, o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Levante Popular da Juventude, o Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e os mandatos do vereador de Belo Horizonte Bruno Pedralva (PT) e do deputado federal Rogerio Correia manifestam sua solidariedade ao conjunto dos trabalhadores da Cemig, ao Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais – Sindieletro-MG e à CUT Minas, frente aos duros ataques que tem sido infligidos à categoria eletricitária e suas organizações pela gestão privatista e ultraliberal do governo Romeu Zema. A gestão da empresa, na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria, tem pressionado pela retirada de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores. Para isso, tem se utilizado da perseguição, assédio, práticas antissindicais e até desumanas. 

Desde o final de 2023, trabalhadores da Cemig da base do Sindieletro não recebem o ticket alimentação, essencial para a sobrevivência dos trabalhadores e suas famílias, em abusiva e desumana retaliação à rejeição da proposta rebaixada de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela empresa. Trabalhadores denunciam ainda que a participação em greves tem justificado a não concessão de progressão nas carreiras, em flagrante retaliação ao legítimo exercício de um direito constitucional. 

Em um ataque à organização sindical, a gestão Zema na Cemig deixou de realizar os repasses de mensalidades a sindicatos representativos da categoria e, na última semana, determinou o retorno ao trabalho de diretores sindicais liberados, entre eles o coordenador geral do Sindieletro, Emerson Andrada, e o presidente da CUT-MG, Jairo Nogueira.

Mais do que instrumentos da  luta corporativa, o movimento sindical  mineiro tem sido ponta de lança na luta contra a agenda ultraliberal de Romeu Zema e suas iniciativas de entrega do patrimônio do povo mineiro a agentes privados, passando por cima de garantias democráticas previstas em nossa Constituição Estadual. 

Honrando sua história de décadas de lutas junto ao povo mineiro, o Sindieletro-MG e a CUT-MG, bem como o conjunto da categoria eletricitária, cumprem neste momento papel decisivo em defesa dos serviços públicos, da soberania popular sobre as águas e energia e do acesso à eletricidade como um direito de todas e todos. É em razão desses compromisso em defesa das empresas públicas que o Sindieletro MG tem sido atacado. 

Por isso, prestamos nossa solidariedade e apoio a esses parceiros centrais na luta por um projeto popular para Minas Gerais

Belo Horizonte, 5 de janeiro de 2024

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