
Mlitância se engajou na disputa contra a extrema-direita nos territórios da capital cearense. Foto: Comunicação MBP CE
Em Fortaleza, uma iniciativa tem contribuído para a organização popular das periferias: os Agentes de Cidadania e Controle Social (ACCS), que são eleitos pelo voto da população e atuam nas suas comunidades como interlocutores entre a sociedade e a prefeitura, levantando demandas e trabalhando junto às comunidades. Para o biênio 2025-2026, o Movimento Popular decidiu se engajar na disputa e lançou 47 candidatos, tendo eleito 27 agentes.
Rogério Babau, da Coordenação Nacional do Movimento Brasil Popular no Ceará, explica melhor o papel dos agentes. “Para nós, foi crucial entrar nessa disputa. O agente de cidadania é uma forma que a prefeitura encontrou para credenciar e reconhecer aquela liderança que trabalha no social por muito tempo. Nós escolhemos nossos camaradas que estão mais engajados e que têm um trabalho sério em mais de 50 bairros aqui na cidade.”
Em toda a capital cearense, foram mais de 1,1 mil candidaturas aptas para a disputa. Desse total, foram eleitos 487 representantes com voto direto e secreto, conforme o método do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Neste ano, a participação foi recorde: mais de 127 mil pessoas participaram da votação, um crescimento de 243% comparada à eleição anterior, que teve 37 mil votantes.

Movimento Popular decidiu se engajar na disputa e lançou 47 candidatos, tendo eleito 27 agentes. Foto: Comunicação MBP CE
Uma das formas de exercer o controle social e fortalecer a organização popular nos territórios é por meio do trabalho dos Agentes de Cidadania. A metodologia torna possível que a prefeitura ouça as demandas e as opiniões da população sobre as políticas de moradia, saúde, cultura, entre várias outras que são executadas pelo município.
Combate à extrema direita
Para além do controle social, o movimento entrou na disputa para ajudar a combater a inserção da extrema direita nas periferias. “A gente decidiu entrar nessa disputa para mostrar para a periferia que a gente tem militância, dirigentes, que temos lideranças organizadas e comprometidas com o coletivo. E fizemos essa disputa com a extrema direita, com os fascistas que ocupam o território para deturpar os governos, as políticas públicas e para fazer uma política de ódio”, explica Babau.
“Na periferia, esses espaços estão sendo ocupados pela extrema direita, pelos fascistas, e foi necessário que a nossa militância se engajasse nesse processo”, conclui o dirigente do Movimento Brasil Popular. Agora, os 27 agentes eleitos com a bandeira do Movimento Brasil Popular têm a tarefa de construir uma gestão popular, alinhada aos interesses das comunidades e voltada à construção do projeto popular nas periferias da capital cearense.
Confira a lista de Agentes de Cidadania e Controle Social eleitos:
- Alísio Iuri Belmino Girão
- Ana Vitoria Mendes Moura da Silva
- Andrezza Rodrigues Silveira
- Antonio Claudemir De Oliveira Silva
- Antonia Rafaela Santos
- Carlito Lima Calixto
- Daylane Pereira Benvenuto
- Eldenira de Azevedo Braga
- Elineuda Vieira Galdino Da Ponte
- Francilma Helena Da Silva Mundau
- Francisca Helena Dos Santos Lima
- Francisca Luzia Dos Santos Gomes
- Gil Silva Felix
- Idelco Mesquita Dantas
- Jorgiane Silva Grangeiro
- José Carlos Rocha Tabosa
- José Hamilton dos Santos Junior
- José Sérgio de Araújo Filho
- Laurinete Lima Dos Santos
- Marcelo Catunda Ribeiro
- Maria Elieuda Vieira Galdino
- Maria Eudes Mendes Tavares
- Maria Jani da Costa
- Patrícia De Oliveira Rodrigues
- Raimundo Nonato Martins Filho
- Silvia Helena da Silva
- Vera Lúcia Batista de Lima