Cada família brasileira tem o direito a um Natal sem Fome. / Foto: Agência Brasil
Texto de Igor Galvão, militante do Movimento Brasil Popular
Desde o gabinete de transição, o Governo Lula tem se esforçado diuturnamente para conseguir honrar um de seus principais compromissos de campanha: retomar o Bolsa Família, com valor mínimo de 600 reais. Tanto assim, que articulou ainda no ano passado a aprovação de uma emenda à constituição para garantir R$ 145 bilhões acima do nefasto teto de gastos no orçamento de 2023 para bancar despesas como o Bolsa Família turbinado, o Auxílio Gás, a Farmácia Popular e outras políticas públicas previstas para 2023. Assim o fez e honrou: hoje as famílias beneficiárias recebem 600 reais e adicionais a partir de critérios como quantidade de filhos, idade dos mesmos, entre outros critérios.
Números recentes demonstram que a economia tem tido melhorias tímidas. O desemprego recuou e o PIB vai crescer. A inflação diminuiu e itens que outrora eram impagáveis para a maior parte da população, passaram a patamares razoáveis. Mas não é suficiente: o comércio ainda está estagnado e a cesta básica continua cara em relação à renda das famílias.
O final do ano está chegando e com ele a temporada de festas. É um momento importante para o setor de serviços, que têm contratações temporárias e o consumo das famílias é acelerado com o décimo 13º salário. Ocorre que, boa parte do povo brasileiro não recebe este benefício: cerca de 39 milhões de trabalhadores estão na informalidade.
Com isso, temos a situação das famílias que são beneficiárias do programa Bolsa Família. Pelo próprio critério do programa, cada membro da família deve viver com até 218 reais por mês. Ou seja, o benefício é um grande aliado no combate à pobreza em nosso país. E cada família brasileira tem o direito a um Natal sem Fome! E é por isso que o Governo Federal deve pagar um abono natalino aos nossos irmãos e irmãs que dependem hoje desta política pública tão fundamental.
O abono natalino é um grande aliado da economia e do comércio, com efeitos positivos para os pequenos e médios empresários. Mas vai além: pode garantir maior conforto neste fim de ano à milhões de famílias, e a possibilidade da celebração desta data que representa, além do nascimento do nosso senhor Jesus Cristo, um verdadeiro momento de fraternidade, solidariedade, de laços familiares e comunitários que são, muitas vezes, arrancados das famílias pela dinâmica intensa da vida no capitalismo.
Este é um artigo de opinião pessoal e não necessariamente representa a posição do conjunto do Movimento Brasil Popular