O Movimento Brasil Popular vem por meio desta nota demonstrar sua solidariedade com o povo palestino e sua defesa da paz
Como brasileiras e brasileiros, reforçamos o papel protagonista que o Estado brasileiro deve exercer na atual presidência do Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu no dia 17 de outubro de 2023. O Brasil, que ocupa assento rotativo no Conselho de Segurança ONU, assumiu a presidência em um momento histórico da dinâmica do sistema internacional. A partir do seu histórico compromisso com a defesa da paz e do apreço aos órgãos multilaterais, o Brasil tem a responsabilidade de desempenhar um papel de liderança em mediação no conflito em Gaza. Além disso, pela tradição da política externa brasileira em defesa da soberania e da autodeterminação dos povos, o Brasil não pode abster-se de condenar os ataques do Estado de Israel e o direito à autodeterminação do povo palestino. Neste sentido, o Brasil deve defender a reativação do Comitê Especial contra el Apartheid no âmbito da ONU. Este Comitê Especial pode desempenhar um papel fundamental na luta mundial contra o racismo e na criação de mecanismos de direito internacional para punir esse crime contra a humanidade.
Os ataques do Estado de Israel à Gaza se constituem como um genocídio contra o povo palestino, com base no histórico do nosso internacionalismo, sempre compromissado com a solidariedade ao movimento de libertação nacional palestino.
O colonialismo e o apartheid israelense, a partir da ocupação sionista, resulta em um bloqueio histórico que massacra a vida do povo palestino, com apoio do imperialismo estadunidense. Desde o dia 7 de outubro, acompanhamos um agravamento da ofensiva israelense à Gaza, por meio de ataques que se caracterizam como uma verdadeiro genocídio contra o povo palestino. No dia 17 de outubro, o bombardeio ao centro médico de Al-Ahli, em Gaza, resultou em mais de 500 pessoas mortas. Até agora, quase 3000 pessoas foram mortas, entre as quais muitas crianças e idosos.
Nesse sentido, o Movimento Brasil Popular, assim como diversas organizações da esquerda brasileira, reforça o apoio ao movimento de libertação nacional da Palestina que, há pelo menos 76 anos, luta pela soberania, autodeterminação e pelo direito de retornar às suas casas e país.
Condenamos e denunciamos o explícito apoio financeiro e militar do imperialismo estadunidense ao Estado de Israel. A articulação entre os Estados de Israel e Estados Unidos é fundamental para as ações de genocídio contra a Palestina.
Também condenamos a mídia brasileira, que contribui para uma narrativa perversa em defesa do Estado de Israel. Essa perspectiva alimenta a polarização política já tão acirrada no Brasil, atrelando a defesa da Palestina a um posicionamento excluso da esquerda brasileira, enquanto a defesa à autodeterminação do povo palestino deve ser uma pauta de todos e todas os/as brasileiros/as comprometidos com a democracia.
Defendemos, dessa forma, a construção de amplas ações de solidariedade à Palestina em todo o Brasil. A solidariedade internacional é tarefa central neste momento. Dessa forma, nos somamos às ações construídas no âmbito da Alba Movimentos e da Assembleia Internacional dos Povos. Estaremos nas ruas e nas redes construindo o dia regional de ação em solidariedade com a Palestina na sexta-feira, 20 de outubro, e o dia internacional de solidariedade, em 4 de novembro. Some-se a essa luta!
Movimento Brasil Popular
