Unidade da esquerda e compromisso com o Plebiscito marcam ato político da Plenária Elza Soares

Ato aconteceu dentro de programação da 1ª Plenária Nacional Elza Soares. Foto: Junior Lima

Noite de expressiva aliança na esquerda brasileira. Esse foi o sentimento compartilhado por todos que participaram do ato político do Movimento Brasil Popular, realizado dentro da programação da Plenária Nacional Elza Soares, nesta sexta (02). Partidos e movimentos populares firmaram o compromisso de fortalecer a construção do Plebiscito Popular que irá debater o fim da escala 6X1, a taxação sobre a renda dos super-ricos e a isenção do Imposto de Renda.

Estiveram no ato político as parlamentares Maíra do MST (PT-RJ), Paula da Bancada Feminista (PSOL-SP) e Rosa Amorim (PT-PE); além de representações do Partido dos Trabalhadores (PT),  Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Movimento Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Soweto Organização Negra, União da Juventude Socialista (UJS), Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde, Ministério da Igualdade Racial e Secretaria Nacional de Juventude

A vereadora de São Paulo, Luna Zaratini (PT-SP), destacou o papel do Movimento Brasil Popular no trabalho de educação popular. “Junto ao povo, tenho certeza que este movimento contribui demais. O plebiscito popular é uma das melhores iniciativas nesses últimos tempos porque vai pras ruas conversar com o povo. Contem comigo e com o nosso mandato.” 

Quem também marcou presença no evento foi o deputado federal Rui Falcão (PT-SP). “Estou muito feliz porque vejo nessa plenária vários companheiros e companheiras da esquerda num movimento de revigoramento. Nós já unimos e reconstruímos boa parte do país, mas temos o dever de lutar por transformação. O plebiscito é um dos caminhos que abrem essa possibilidade de um giro à esquerda para empurrar o nosso governo numa disputa por dentro e por fora, para a conquista de mudanças e novos avanços, rumo aquela sociedade que sempre sonhamos e lutamos.”

Daiane Araújo, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e militante do Levante Popular da Juventude afirmou que apesar da conjuntura adversa, as ações do Movimento Brasil Popular seguem alimentando a mística da luta popular. “O momento que vivemos hoje não é fácil. É a intensificação de uma crise que é sistêmica para a classe trabalhadora. Um desgaste no mundo do trabalho que nos leva ao adoecimento e nos tira o direito de ser jovem. Mas quero dizer que existe também a indignação. É possível ver isso aqui em cada pessoa que acredita no socialismo e num projeto popular e soberano para o Brasil”.

Ana Carolina Vasconcelos, da Coordenação Nacional do Movimento Brasil Popular, aponta que a organização chega fortalecida para enfrentar os desafios da conjuntura. “Temos reunidos aqui lutadores e lutadoras que, mesmo em uma organização jovem, bebem de um legado de décadas de construção de um Projeto Popular para o Brasil. E foi essa trajetória que nos permitiu aglutinar em nossa caminhada diversos companheiros e companheiras extremamente valorosos. Só com unidade conseguiremos derrotar o neofascismo e construir as bases da revolução brasileira.”

A Plenária Elza Soares vai até a próxima segunda (04), reunindo 250 militantes de 20 estados brasileiros para discutir a conjuntura e pensar os próximos passos da organização. 

Texto: Camila Garcia

Edição: Vanessa Gonzaga