Militante do Movimento Brasil Popular, Paulo Mansan recebe Título de Cidadão Pernambucano da Alepe

Gaúcho, Paulo Mansan teve um papel fundamental na criação da Campanha Mãos Solidárias, em 2020, Foto: Rebeca Martins

Nesta quarta-feira (17), o Dia Internacional de Luta Camponesa foi marcado em Pernambuco pela entrega do Título de Cidadão Pernambucano ao gaúcho Paulo Mansan, que é dirigente do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e coordenador da Campanha Mãos Solidárias. 

A honraria da Assembleia Legislativa de Pernambuco, entregue pela deputada estadual Rosa Amorim (PT), foi uma proposição aprovada em 2021 pelo ex-deputado Isaltino Nascimento (PSB).

Paulo Mansan destacou o que representa para ele receber este reconhecimento da assembleia. “Este dia é muito simbólico para nós do MST, porque marca o dia do Massacre de Eldorado dos Carajás, e receber este título hoje tem ainda mais significado. Porque representa essa luta que derruba cercas, mas também que combate à fome do nosso povo”, acredita.

Nascido na cidade de Maquiné, no Rio Grande do Sul, Paulo Rogério Adamatti Mansan veio para Pernambuco com a tarefa de ser assessor nacional da Pastoral da Juventude Rural em 2011. Aqui iniciou sua trajetória no MST, do qual hoje é dirigente, no qual teve um papel fundamental na criação da Campanha Mãos Solidárias, em 2020.

Rosa Amorim apontou que a honraria também se estende para todo o MST. “Para nós, povo Sem Terra, este não é apenas um título de cidadão pernambucano para Paulo Mansan, mas também um reconhecimento à luta do MST em defesa do combate à fome, da soberania alimentar e da solidariedade”, afirma a parlamentar. 

A honraria foi uma proposição aprovada em 2021 pelo ex-deputado Isaltino Nascimento (à esq.), que hoje é superintendente geral da Alepe. Foto: Rebeca Martins

Mansan contribuiu na Campanha Mãos Solidárias desde a sua criação e hoje coordena as suas atividades. A iniciativa já realizou a doação de 1,6 milhão de marmitas e 1.300 toneladas de alimentos produzidos em assentamentos e acampamentos da reforma agrária para mais de 30 mil famílias com fome de comida e de justiça social. 

Além disso, a Mãos Solidárias também já contribuiu com bibliotecas populares e bancos de alimentos, bem como na formação de agentes comunitários para atuarem na saúde, comunicação popular e cozinhas populares solidárias.

O evento contou com a participação de representantes de diversas instituições e movimentos sociais, entre eles a FETAPE, Sindipetro PE/PB, Via Campesina, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Pastoral da Juventude Rural, o Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento Brasil Popular, o Movimento Camponês Popular e o Levante Popular da Juventude, além de militantes do MST de acampamentos e assentamentos da Região Metropolitana. 

Edição: Vanessa Gonzaga

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